domingo, 6 de julho de 2008

EDITORIA NOITE - MATÉRIA 4, por Raimundo Aquino

Ideal para cair na noite
Por Raimundo Aquino


Há quem diga que lá é o “templo da house music”! Outros o definem como um “inferno”, por causa do calor e da quantidade de pessoas presentes em cada uma das duas noites de festas semanais. Mesmo assim, o Cine Ideal, que fica no Centro do Rio de Janeiro, é referência em casa noturna para o público homosexual carioca. Mas não são só eles que aparecem por lá; heterossexuais também marcam presença e conseguem se divertir tanto quanto os homossexuais.

“Sou presença constante no Cine Ideal. São poucos os sábados que deixo de ir pra lá. O ambiente é bom para dançar e me divirto muito”, diz a estudante Ana Julia Cabrera, de 23 anos, que sempre vai à casa noturna com o namorado.

O casarão é de 1907 e funcionou como cinema por mais de 50 anos (até 1961). Logo após, passou a ser o endereço de uma sapataria até 1994 quando sofreu um incêndio. Depois de uma reforma passou a servir de espaço para eventos fechados de empresas para, mais à frente, dar lugar ao Cine Ideal.

São duas festas por semana: a “Habeascorpus”, às sextas-feiras, e a “Ideal Party”, aos sábados. Tanto em um dia quanto no outro, a música eletrônica reina na pista principal e no terraço, aonde muitos vão para pegar um ar ou mesmo sentar em uma das cadeiras que estão por lá para bater um papo, o DJ Great Guy toca um pouco de tudo, na chamada pista pop da casa noturna.

“Um dos grandes atrativos do Cine Ideal é, sem dúvidas, a bebida liberada. O cliente paga, no máximo R$ 28, e pode beber cerveja, vinho, gummy, refrigerante e água, fora drinks especiais que são servidos em algumas festas, como cuba libre e wisky”, afirma Victor Moreno, promoter da casa.

Seja por causa da bebida ou não muitos fazem do Cine Ideal a Meca da comunidade gay do Rio. É lei ir lá pelo menos uma vez na vida.

É o caso do estudante de Jornalismo Eduardo Ferreira. Há dois anos, ele aceitou o convite de uma amiga para se juntar a um grupo de pessoas e entrar no Cine. Mesmo afirmando que não gosta muito de sair para boates, Eduardo diz que se surpreendeu.

“Era mais do que eu esperava, mesmo sabendo pouco da casa noturna. Estava em um grupo de seis pessoas, todas do trabalho, e nos divertimos bastante”, lembra Eduardo, contando que chegou a conhecer um rapaz, que quase virou seu namorado.

Assim como Eduardo, que foi com um grupo de pessoas, muitos outros fazem questão de reunir os amigos para comemorar o aniversário lá. A casa dá uma entrada VIP para o aniversariante deixando-o colocar o nome de até 30 pessoas em uma lista, para que elas entrem pagando R$ 18 até 1h.

“É pensar que você vai pagar R$ 18, beber o quanto quiser, dançar e comemorar o quanto quiser com os amigos”, acrescenta Victor, que perguntado sobre o calor do ambiente brinca. “O calor vem das pessoas que ‘se jogam’”.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

EDITORIA ARTES PLÁSTICAS - Matéria 2, por Thais Ribeiro

Carlos Garaicoa no Rio de Janeiro
O artista cubano monta sua 1ª exposição individual no Brasil

Por Thais Ribeiro



A Caixa Cultural recebe o consagrado artista contemporâneo Carlos Garaicoa, em sua primeira exposição individual no Brasil. Com curadoria de Ania Rodriguez e Rodolfo de Athayde, a mostra é formada por 20 obras - sendo duas delas inéditas – diretamente relacionadas com a realidade brasileira.

A exposição, que leva o nome do artista cubano, está instalada no 2º andar da Caixa Cultural, e poderá ser visitada até o dia 10 de Agosto. São fotografias, maquetes, modelos tridimensionais, vídeos e instalações, que exploram a arquitetura e o urbanismo – marca registrada do artista – num contexto crítico e politizado.

(veja mais fotos)

As duas peças inéditas, criadas especialmente para a exposição, retratam a realidade social do Rio de Janeiro – onde Garaicoa morou durante 8 meses. Na série “Notícias Recientes”, composta por fotografias de fachadas de prédios residenciais do Rio, Carlos reproduz o impacto de uma bala nas fotografias. A segunda obra, ainda sem título, é a maquete de uma cidade feita com livros de arquitetos e urbanistas brasileiros, também atingida por balas perdidas.

Antes desta exposição, Carlos Garaicoa participou da 24ª e 26ª Bienal de São Paulo, e da coletiva “Arte de Cuba”, no CCBB do Rio, em 2006. Além de ter obras suas em importantes museus do mundo, como o
MoMA e o Guggenheim de Nova York, e a Tate Modern de Londres e ser internacionalmente representado pela conceituada Galleria Continua, na Itália.

Para conferir a obra de Garaicoa, a exposição fica na Caixa Cultural RJ (Av. Almirante Barroso, 25 – Centro), Galerias 2 e 3, de terça a domingo, das 10h às 22h. A entrada é franca.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

EDITORIA SHOW E TEATRO - MATÉRIA 2, por Sheila Cabral

The Gossip no Rio de Janeiro
TIM Festival contará com a presença de The Gossip


Por Sheila Cabral


Atualmente o cenário político e social da indústria musical é massificado e esmagador, sem que possa ter espaço para a criação e divulgação independente. O próprio conceito de independência, que antes permeava o punk rock e possibilitava o livre fluxo de obras musicais, foi cooptado por uma indústria que percebeu ali um novo filão econômico a ser explorado. Em meio à auto-destrutivas Amys e bonecas do hip hop, Beth Ditto e o som de sua banda The Gossip se destacam como um representante de uma suposta autenticidade musical perdida pela massificação musical.

The Gossip, Gossip, GOXXIP, ou GSSP, é uma banda norte-americana, formada em 1999 em Searcy, interior do Arkansas. Representante do rock alternativo, a banda é formada pela excêntrica Beth Ditto (vocalista), por Brace Paine (guitarra e baixo) e por Hannah Blilie (bateria). Se em 2007, o TIM Festival teve a esquálida e gritante Juliete Lewis, este ano a Marina da Glória, no Rio de Janeiro, terá uma mulher de formas mais avantajadas e sem papas na língua. Mais do que indie rock, punk rock, rock alternativo ou qualquer outro rótulo, o som do The Gossip não passa despercebido.


Principalmente, para quem assiste a performance ao vivo de Beth Ditto. Beth é voz, alma e opinião do grupo. Assumidamente lésbica, sua subversão se expande nas letras da banda e no som rasgado, gritado a plenos pulmões e no seu tom afinado. Questões o governo Bush, o casamento homossexual e a busca estética pela perfeição dão são o complemento para a performance transgressora de Beth no palco. Através de sua postura transgressora, o rock parece começar a respirar novamente pela voz forte de Ditto, mostrando ainda alguma autenticidade, sem as máscaras de oxígeneo opressoras de um mercado musical implacável. Long live to Rock! Ou como foi estampado por Beth, num ensaio fotográfico para a revista lésbica Diva Magazine, "PUNK WILL NEVER DIET".

O Tim Festival 2008 acontecerá entre os dias 22 e 26 de Outubro deste ano, no Rio de Janeiro e outras atrações já estão confirmadas, como Amy Winehouse, Klaxons, Franz Ferdinand, Mika, Leonard Cohen e Ryan Adams dentre outros.

EDITORIA WEB FUN - Matéria 2, por Bruno Matheus

Sinuca Online
Por Bruno Matheus


Existem várias versões de sinuca online, mas a mais famosa e mais jogada (aqui no Brasil, pelo menos) é o Carom 3D, versão multiplayer de jogo de sinuca com gráficos 3D. Existem outros jogos populares, como o 8BallClub Online, mas se pelo número de downloads de cada um, o Carom 3D ganha disparado, como podemos ver neste gráfico abaixo à direita.

Veja o gráfico em detalhes.


Este programa em três dimensões tem diversos tipos de jogos de bilhar, desde o tradicional eight-balls até o jogo com 15 bolas ( lisas versus listradas), passando por várias outras modalidades.

Este jogo de sinuca online merece destaque, não só porque ele tem gráficos de qualidade, mas devido ao alto nível de jogabilidade. As versões mais atuais do jogo permitem não só o jogo pela internet, mas também em uma rede particular, entre duas pessoas.

O nível de aceitação por parte dos jogadores é tão grande que já existem diversos campeonatos e torneios muitos deles até filmados e colocados na internet depois.

Para quem quiser experimentar o jogo, é só baixar no site do Carom 3D. Além disso existem diversos sites com dicas para melhorar seu jogo e fazer até jogadas como as do vídeo no início da matéria e muito mais.

Veja alguns depoimentos sobre o carom 3D.

EDITORIA NOITE - Matéria 3, por Natalia Barbosa

Praça Tiradentes: o profano dando lugar ao artístico
Por Natalia Barbosa


Desfiles de moda, shows alternativos, performances, exposições de arte e cerveja barata (3 Itaipavas por 5 reais no bar do chapéu, conhecido pelos estudantes do Instituto da UFRJ que também fica perto como Bar Das Putas). Esses são os motivos para você começar a frequentar uma das zonas mais tradicionais de meretrício do Rio de Janeiro, a gloriosa praça Tiradentes.

O lugar foi revitalizado em 2003 pela Prefeitura do Rio de Janeiro, que agiu negociando com as associações de prostitutas para que elas lá pudessem permanecer. A sede do Beijo da rua, um jornal com notícias das prostitutas fica lá e deu origem a, hoje badaladíssima e participante do Fashion Rio, Daspu, que fez seus primeiros desfiles entre parangolés vindos do Centro Hélio Oiticica, ao lado.



No Hotel Paris, um dos hotéis mais conhecidos desta praça de índole duvidosa, foi inaugurada, em 2007, a Galeria Paris. Espaço para exibição de arte alternativa e, principalmente, erótica, contendo projetos independentes de teatro, dança, shows e festivais de filmes. As paredes do lugar são decoradas com grafites do projeto sex_art que já havia reunido vários artistas de rua no ano anterior, os quartos do hotel também são decorados e ficam abertos para exibição enquanto não há clientes.


Depois que a galeria foi requisitada para a festa de lançamento do filme "Baixio das bestas" ficou ainda mais conhecida nesse meio cult underground e tem dado lugar a várias festas cheias de diferentes artes e música boa.

Legenda: Flyer de festa com temática da poesia erótica

EDITORIA NOITE - Matéria 2 - Por Alexandre Costa

Points Alternativos da Cidade

O circuito cultural alternativo do Rio de Janeiro tem ganhado grande força nos últimos anos, principalmente no Centro e zona sul


O circuito cultural alternativo é aquele que não se enquadra nos padrões da cultura de massa e que normalmente têm um público bastante fiel, nascido em meio às diversas tribos urbanas. Esses programas têm ganhado grande visibilidade em nossa cidade. A Lapa, por exemplo, é um centro de convergência de culturas periféricas e novas expressões artÍsticas. Outros bairros do centro e da zona Sul também têm mostrado esse vigor, o que não acontece em outras regiões da cidade, devido, acima de tudo, à falta de investimentos.

Dentre os cinemas que têm uma programação diferenciada das grandes salas de cinema, se destacam os da rede Estação, exibindo em sua maioria filmes bem recebidos pelos críticos e de carácter independente. Além disso, junto a estes cinemas ficam livrarias, cafés, locadoras (com diversos filmes alternativos) e o teatros. A rede Estação sempre participa de festivais nacionais e internacionais como o Festival do Rio, Anima Mundi e Mix Brasil. Contudo, não se pode deixar de lado os cineclubes, que foram tão importantes na metade do século e onde ainda hoje alguns persistem, destacando o Cine Art UFF, Cachaça Cineclub (no Odeon), Cineclub Beco do Rato (na Lapa), Cine Santa (em Santa Tereza) e o Cineclub Sobrado Cultural (em Vila Isabel).

O incentivo à cultura também continua nos centros culturais pela cidade. O CCBB, Centro Cultural da Caixa, Centro Cultural dos Correios, Casa França Brasil e outros, formam um polo cultural no Centro, onde a pé você pode visitar todos esses espaços (mas que provavelmente não vai dar tempo de percorrer em um dia apenas). Os centros culturais mantém exposições o ano todo, sempre renovando, além de oferecer peças de teatro, ambientes interativos e outros eventos.

Já se tratando de música, a cidade está bem servida. Grandes casas de shows como o Circo Voador e a Fundição Progresso, mantém uma programação bem diversificada. De Indie Rock ao Funk, além de receber diversas bandas do mundo todo. O Grupo Casa da Matriz, nesse quesito também merece destaque. Começou há 8 anos com a Casa da Matriz em Botafogo e hoje tem 13 estabelecimentos, como o Cine Lapa, Garage e o Teatro Odisséia, dentre outros. O grupo também investiu em bares, que atendem todas as classes e tribos da cultura carioca, como a Drinkeria Maldita, Bar da Ladeira e Choperia Brazooka, que oferecem além bebidas, uma boa música e até, a indispensável, sinuca.

Espera-se que essa multifacetada vida carioca, que oferece opções a todos os gostos e onde sempre podemos curtir e conhecer coisas novas, continue. Principalmente se esse movimento puder se difundir à outras áreas da cidade menos elitizadas. Levar a cultura e o lazer às pessoas que não têm esse costume pode ser um grande filão econômico para empresas e ainda possui uma função social de grande importãncia, vindo a substituir algumas mazelas da cidade.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

EDITORIA NOITE - Matéria 1 - Por Thaís Ribeiro

Uma tacada certa: as sinucas do centro da cidade




Boêmio que se preze tem que ter, ao menos uma vez, pisado num salão de sinuca. Pensando, justamente, nos chamados "boêmios de carteirinha", visitamos salões do centro da cidade. Veja em qual perfil você se encaixa e parta para o jogo.

Na Praça Tiradentes encontramos dois dos mais antigos e tradicionais salões de bilhar do Rio, o Guanabara (em frente ao Teatro Carlos Gomes) e o Guarany (próximo à Estudantina). O primeiro foi aberto em 1935 e, além do público mais antigo, recebe também a nova geração de sinuqueiros. “À tarde, muito dos que vêm aqui são aposentados e, à noite, chega o pessoal mais jovem, que acabou de sair do trabalho”, diz Darcy Messias, balconista do Guanabara há 12 anos. Mas, atenção: o salão tem apenas mesas profissionais (aquelas grandes, onde pagamos por hora) e, por isso, costuma atrair aqueles que já tem intimidade com este universo (veja alguns videos para aprender a jogar).

Do outro lado da praça encontramos o Guarany. De proporções e requinte um pouco inferiores ao Guanabara, o salão do Guarany é, no entanto, muito simpático. As mesas são todas profissionais e estão em bom estado. A diferença maior entre um e outro está mesmo nos freqüentadores. De acordo com Francisco José, que trabalha no Guarany há 18 anos, “a maioria dos clientes é de senhores aposentados que passam as tardes jogando sinuca”. Ele completa ressaltando que o salão não é de muita agitação, “até porque o jogo da sinuca tem que ser realizado num ambiente tranqüilo, pois é necessária muita concentração”. A casa abre às 11h da manhã e fica aberta até o último cliente – o que costuma acontecer por volta das 23h.

Ou seja, se sua intenção é agitação, é melhor nem passar por ali. Aliás, o melhor seria ir para a Sinuca da Lapa, que é, na verdade, mais um point do que um salão de sinuca (sem desmerecimento). Lá, o público é bem variado - o fato de contar com mesas profissionais e amadoras ajuda - mas, a maioria dos freqüentadores é de jovens entre 18 e 25 anos.

As três casas oferecem cerveja de garrafa a um preço razoável e alguns petiscos nada excepcionais para beliscar. O Guarany e o Guanabara cobram um preço fixo por hora, já na Sinuca da Lapa, as mesas profissionais são cobradas por hora também e as pequenas (amadoras) são cobradas por fichas.

Aproveite!

Bilhares Guarany – aberto todos os dias, de 11h até o último cliente. Pça Tiradentes, 87 (sobrado).
Bilhares Guanabara – Aberto todos os dias, de 12h até o último cliente. Rua Pedro I, 7 (sobrado).
Sinuca da Lapa – Funciona todos os dias, de 17h até o último cliente. Rua do Riachuelo, 44.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

EDITORIA LITERATURA - Matéria 2, por Alexandre Costa

Literatura é em Paraty


Começa no dia 2 de Julho a 6ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty

Por Alexandre Costa



Desde 2003, a FLIP ficou conhecida mundialmente como um dos eventos de literatura mais importantes no mundo, contando com a presença de autores internacionais como Julian Barnes, Don DeLillo, Eric Hobsbawm e Hanif Kureishi. Este ano, esse padrão continuará e a programação está bastante eclética, atendendo a vários públicos. E para complementar, o festival acontece em meio a toda energia, história e hospitalidade da cidade de Paraty, que por si só já é um reduto cultural.

Como a cada ano, o festival homenageia algum grande autor da literatura brasileira, em 2008, o centenário da morte de Machado de Assis será lembrado. Outro foco de atração, que não poderia ficar de fora é a música brasileira, com shows de Chico Buarque, Paulinho da Viola, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mônica Salmaso, Adriana Calcanhoto e José Miguel Wisnik, Orquestra Imperial, Maria Bethânia, entre outros.

A maioria dos eventos vai acontecer na tenda dos autores com ingressos a R$ 25. Outra opção é assistir aos debates na tenda do telão por R$ 8. Também terá eventos destinados a crianças na FLIPINHA e oficinas. Neste ano, a oficina aborda um tema diferente, o roteiro cinematográfico. Com a presença de Karim Ainouz, diretor de Céu de Suely e roteirista de Cinema, aspirina e urubus que ficará encarregado dos workshops. A seleção dos candidatos para a oficina será feita por meio de análise de currículos. Serão 60 selecionados, cujos nomes estarão publicados no site da FLIP.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

EDITORIA WEB FUN - Matéria 1, por Bruno Matheus

Real vs Virtual, ou seria Real + Virtual?

Por Bruno Matheus



No mundo do entretenimento digital existem intermináveis opções. Um exemplo é o jogo, fenômeno de público, chamado Second Life (Segunda Vida, em português). O second Life não é apenas um jogo (como muitos pensam), e sim uma rede de relacionamentos em um ambiente 3D. Diferente da maioria dos jogos online, o Second Life não tem um objetivo específico e cada um que joga, vive essa vida paralela traça seus objetivos, como ganhar dinheiro ou apenas viajar pelo mundo virtual.

Esse mundo tem um sistema de moeda próprio, chamado Linden Dóllar (L$), que pode ser trocado por dinheiro real tanto através do site oficial do jogo, que tem suas próprias cotações em Dólares (US$), quando atravéz de transações financeiras com usuários do jogo. As transações no jogo movimentam indiretamente milhões de dólares, através de atividades comerciais e financeiras de muitos empreendedores virtuais geniais.

Muitas empresas já estão utilizando o espaço para fazer propaganda, buscando a visualização de suas marcas neste espaço tão frequentado.

Para que esse imenso mundo virtual fosse criado, a Linden Lab (criadora do "jogo") apenas disponibilizou ferramentas para que os próprios usuários fizessem um mundo no límite de sua imaginação. Permitindo que os mesmos criem objetos pessoais, roupas, casas, prédios e até foguetes.

Atualmente a rede conta com mais de 12 milhões de usuários cadastrados, com uma taxa de cerca de 10% de retenção, o que quer dizer que existem aproximadamente 1,2 milhão de usuários realmente ativos e que entram no mundo virtual com frequência.

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EDITORIA SHOW E TEATRO - MATÉRIA 1, por Sheila Cabral

Z.É. : fazendo sucesso com jeitinho brasileiro

Por Sheila Cabral


Na última terça-feira do mês de maio de 2008, o espetáculo Z.É. (Zenas Emprovisadas) completou 10 temporadas nos palcos cariocas. Em 2003, os atores Fernando Caruso, Gregório Duvivier, Marcelo Adnet e Rafael Queiroga, estrearam no Teatro Café Cultural, com um espetáculo inusitado: improvisar esquetes, cenas e exercícios de teatro, com temas fornecidos na hora pela platéia. Além do elenco fixo, cada apresentação conta com a participação de convidados especiais.

O autor do projeto foi o ator e humorista Fernando Caruso, que já durante suas aulas de teatro no Tablado pensou em desenvolver algum espetáculo nos moldes dos exercícios de improvisação. Porém, a idéia só tomou forma alguns anos mais tarde, após um reencontro com os amigos Gregório e Queiroga. Do papo descontraído veio a sugestão de fazer uma versão do programa Whose line is it anyway?. Em pouco tempo, já tinham conseguido elaborar o projeto, conseguido um pequeno patrocínio e mais um integrante completava o grupo: Marcelo Adnet.

Após a estréia muitos prêmios surgiram. E não por acaso. Com muito humor, irônia, crítica, publicidade boca-a-boca e preço barato (R$5 para estudante ou com filipeta), Z.É. foi atraindo um público cada vez maior e fiel, além de ter dado fama e reconhecimento aos atores do grupo. A peça se tornou um fenômeno que tem esgotado os ingressos já no primeiro dia de venda, e a procura era tanta que eles resolveram aumentar o número de apresentações, que agora acontecem em dois horários (de 19h às 21h e de 21h às 23h), na terça-feira.

A estudante Silvia Faria, de 25 anos, é fã do espetáculo e comparece a todas as apresentações do Z.É. desde 2006. Religiosamente! Para Silvia, nenhum espetáculo é igual ao outro, "por mais que as brincadeiras sejam fixas, as piadas mudam, a improvisação, as músicas". E ela não é exceção. O fato é que nos últimos 5 anos, as comédias improvisadas, os esquetes de humor se tornaram o grande filão do entretenimento brasileiro, permitindo que uma nova geração de atores pudesse desenvolver seus projetos, a custo barato para o público, renovando o cenário do teatro brasileiro com muitas idéias criativas.

Assista aqui um trechinho de Z.É.

Z.É - Zenas Emprovisadas: Esquetes de humor.

Teatro João Caetano (Pça Tiradentes, s/n)

Toda terça-feira, às 19h e às 23h

terça-feira, 3 de junho de 2008

EDITORIA LITERATURA - Matéria 1, por Natalia Barbosa

Machado de Assis, o malandro

Por Natalia Barbosa



Neste ano de centenário será comemorado o centenário de morte do escritor Machado de Assis foi e esta é uma ótima oportunidade para se discutir as obras desse que é um dos maiores escritores brasileiros. Já estão programados vários eventos em toda a cidade, desde reedições de livros, ciclos de debates à conferências promovidas pela Academia Brasileira de Letras.

Uma das facetas de Machado de Assis, que é pouco discutida, é a de formador de opinião em sua época. Suas crônicas, publicadas semanalmente em jornais de grande circulação, eram de grande influência sobre o povo carioca e serviam como um norteador para a moda, política, hábitos e costumes da própria cidade. Ele era um dos que tinha o poder de dizer o que era e o que não era moderno em plena Belle Époque, uma época em que o Brasil e especialmente o Rio de Janeiro queriam esquecer seu passado monárquico e se modernizar.

Nota-se em muitas das crônicas de Machado o sentimento de que ser moderno é agir imitando os franceses, num esforço para se assemelhar a eles, numa completa exaltação do cosmopolitismo. Um texto cheio de citações francesas, que eram transcritas do francês original e a suposição de que o leitor dominasse o idioma, demonstrava toda uma atitude blasé de despreocupação arrogante. Ao mesmo tempo esta atitude blasé dos franceses é também identificada com um orgulho e uma certa fraqueza de caráter, dicotomia expressada pela ironia machadiana.

A partir desta hipótese, tem-se a origem da chamada "malandragem do carioca", uma expressão difícil de definir mas que está vinculado a imagem do carioca. Esta associação se justifica a partir da manutenção da elegância francesa, em busca do que era considerado “chic” e de uma atitude superior em relação aos outros. No entanto a realidade carioca era muito diferente da européia e para mascarar as situações do dia-a-dia, para que pareçam mais elegantes, o carioca incorporou a ironia, a forma blasé de não dar a mínima, de “disfarçar a realidade” e ter uma postura de superioridade.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

EDITORIA ARTES PLÁSTICAS - Matéria 1, por Raimundo Aquino

CCBB representa muitos espaços num só e tem um variado programa com preços bem acessíveis

Por Raimundo Aquino

Quem está por dentro do mundo da cultura com certeza já ouviu falar do CCBB, ou para os desavisados, Centro Cultural Banco do Brasil, localizado na Rua Primeiro de Março, próximo à igreja da Candelária, no Centro do Rio.

O espaço oferece diversas opções para aqueles que gostam de curtir um bom programa cultural, ou apenas quer reunir os amigos para um bom bate papo, e o cardápio é variado. Para citar apenas algumas opções: cinema, videoteca, exposição, teatro, shows, seminários, performaces e uma biblioteca com mais de 120 mil títulos nas áreas de Artes, Literatura, Ciências Humanas e Sociais. Tem sempre algo de novo e de interessante, e o melhor: de graça ou a preços bem baratos.

- O CCBB tem uma visitação de mais de oito mil pessoas por dia, tornando-se um ponto turístico e local obrigatório para os que prestigiam arte e cultura. Nós temos uma programação bem variada com uma política de cobrar preços populares, por isso esperamos receber todo o tipo de público – diz Marcelo Mendonça, diretor do CCBB.

Dentre aqueles que muitas vezes já passaram pelo CCBB apenas para “fazer hora”, está a estudante de Jornalismo Renata Cunha, de 23 anos. “Não foram poucas as vezes em que entrava no CCBB só pra sentar na escadaria, olhar o movimento, ler ou tomar um café. Gosto da junção entre o antigo e o moderno, que é muito a cara do Rio, principalmente do Centro da cidade”, explica.

Grandes exposições e festivais internacionais

Os espaços do CCBB estão divididos entre salas de exposição, um cinema, uma sala de vídeo, três teatros, uma livraria, um restaurante, um café, um auditório e salas históricas. O carro-chefe da programação são as exposições. Elas são montadas nos primeiro e segundo andares, além de poderem ocupar o foyer e a rotunda do espaço.

Outros dois espaços que atraem o público ao CCBB são o cinema e a sala de vídeo. Os filmes que são exibidos não são aqueles que estão no circuito de cinemas da cidade. Eles sempre fazem parte de alguma mostra ou festival - que duram em média duas semanas.

Um dos festivais que todo ano “bate cartão” no CCBB é o Festival Mix Brasil, que exibe filmes que falam da diversidade sexual. “A sala de cinema de lá é muito bem equipada e o espaço nos permite atingir um público bastante diversificado o que é muito bom para o festival “, diz Suzy Capó, diretora do Festival Mix Brasil.

Outro festival que faz parte da programação do CCBB é o Animamundi (Festival Internacional de Animação do Brasil). Ele acontece todos os anos geralmente no período das férias escolares do meio do ano (junho e julho).

Comprovando a importância que o CCBB tem no panorama cultural do país (ele também está presente em outras duas capitais: Brasília e São Paulo), pode-se citar o Prêmio Bravo Prime de Cultura deste ano. O espaço foi o ganhador da categoria Programação Cultural. O prêmio é cedido pela revista “Bravo!” – uma das mais conceituadas do país sobre cultura.

Então, fica aí uma ótima pedida pra você ficar “antenado” com o que rola no mundo das artes e dos espetáculos.

** MATÉRIA COMPLEMENTO "O JAPÃO É AQUI" **, por Raimundo Aquino

O Japão é aqui
Por Raimundo Aquino


O ano de 2008 está reservado para datas redondas; dentre elas: 200 anos da chegada da Família Real ao país, 100 anos do nascimento do escritor Guimarães Rosa, 100 anos da morte de Machado de Assis, 50 anos da conquista da primeira Copa do Mundo e da Bossa Nova, 40 anos da Contracultura e 100 anos da imigração japonesa no Brasil. É muita data para ser celebrada.

E uma destas ganhou destaque na programação do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Na verdade três andares de exposição, uma sala de vídeo e uma de cinema, debates e performances. É o evento multidisciplinar “Nippon – Cem Anos de Integração Brasil Japão”, que envolve todos esses espaços do centro cultural. (conheça o CCBB)

Segundo Marcelo Mendonça, diretor do CCBB, a escolha das exposições, tanto como de qualquer outra programação do centro cultural, segue alguns critérios.

“Alguns aspectos são importantes e pensamos neles na hora de escolher o que montar no CCBB, tais como, o ineditismo, a aposta em novos talentos e linguagens, a relevância cultural e a valorização e o resgate da arte e da cultura nacional”, pontua Mendonça.

Assim como boa parte das exposições do CCBB, “Nippon...” não fica atrás na dobradinha grandiosidade e qualidade. É um retrato da cultura japonesa, desde tempos remotos até a atualidade. São cerca de 300 peças entre cerâmicas, pipas, vestuário, telas, ikebanas, armaduras de samurai, espadas e cartazes de animes.

Esta última impressionou Guilherme Neto, de 22 anos. Fã da cultura japonesa, o estudante diz ter ficado surpreso com o que encontrou de quadrinhos japoneses na exposição.

“Quando você vai a eventos de cultura japonesa os quadrinhos são deixados de lado. Esperava ver mangas, mas não do jeito que eles retrataram. Fiquei surpreso como eles conseguiram sintetizar bem os gibis”, diz Guilherme.

A exposição fica no CCBB até 13 de julho. O centro cultural funciona de terça a domingo, do meio dia às 21h e fica na Rua Primeiro de Março, 66, no Centro da cidade. A entrada é franca.

sábado, 17 de maio de 2008

APRESENTAÇÃO

Um jornal na internet? Claro, fácil! Qual a linha editorial? Cogitamos: animais, política, economia, jogos de tabuleiro, ervas medicinais, sexo, dentre outros. Então já esgotados com o nosso tempo gasto em pensamentos gasosos, ficamos com o mais criativo e original: Cultura e Entretenimento!

Aqui no Entrecult Jornal (hahahaha! nessa ate eu achei escrota!!) teremos 5 editorias com os melhores quase-jornalistas. A "créme de la créme" da noticia, seja ela verdade ou inventada só para ser engraçadinha, original e agradar.

A mim, Editora-chefe desta trupe de gênios ainda na sua garrafinha, sobrará o pior de todos os trabalhos: chicoteá-los, mantê-los em prisão domiciliar até entregar a matéria e claro ao final da entrega do trabalho sacrificar os que fizeram corpo mole, em algum ritual satânico.

Agradeço a todos pela atenção,

Sheila Cabral Prada
Editora-chefe (e gata-inteligente-bem-humorada-com-carrão-e-dinheiro)